sábado, outubro 15, 2016

ATIVIDADE FISICA E SAUDE

A prática regular de exercícios físicos sempre é acompanhada de benefícios que se manifestam, sob todos os aspectos, no organismo. Do ponto de vista músculo esquelético (ordens fisiológicas), auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Em relação à saúde, podem ser observados perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do “bom” colesterol (HDL). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças. Uma pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%. Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida. A prática esportiva ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, e auxilia na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. A atividade física ajuda no convívio social, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Para um melhor entendimento, explicaremos alguns dos fatores isoladamente com mais detalhes. Você verá que problemas físicos e até problemas mentais podem ser solucionados (ou no mínimo amenizados) com a prática de esportes. Autoestima: a prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo. Capacidade mental: pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais apurada. Colesterol: exercícios vigorosos aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o “bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas. Depressão: pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade. Doenças crônicas: os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cardíacas. A atividade física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes. Envelhecimento: ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento. Ossos: exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea. Sono: quem se exercita “pega” no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda restabelecido. Estresse e ansiedade: a atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de estresse. Também funciona como uma espécie de tranquilizante natural: depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade. Pratique sempre algum esporte, pois sua vida só tem a melhorar!

terça-feira, agosto 16, 2016

ATIVIDADE FISICA NO COMBATE A DOENÇAS

ATIVIDADE FÍSICA NO COMBATE A DOENÇAS
A atividade física acompanha a espécie humana desde os tempos mais remotos. Há muitos milênios, a atividade física permitia ao homem realizar tarefas diárias como caça e pesca; possibilitava, ainda, que ela se defendesse ou fosse capaz de fugir. Numa sociedade sem carros, controles remotos, armas de fogo e fornos micro-ondas, o esforço físico e o trabalho muscular eram absolutamente essenciais para a continuidade da espécie.
Atualmente, com as novas tecnologias, somos capazes de passar dias, semanas e meses sem realizar grandes esforços físicos, sem que, para isso, seja necessário deixar de trabalhar, cozinhar ou estudar. Já não há relação da atividade física com deuses ou com a sobrevivência da espécie.
Em nenhum outro momento da história da humanidade a atividade física esteve tão relacionada com a saúde, sendo reconhecida e recomendada por profissionais da medicina, da motricidade, da psicologia, da fisioterapia, da educação física entre outros. Assim, é bem pouco contestável a ideia dos benefícios advindos da pratica regular de atividade física.
A questão que se coloca por ora é a seguinte: por que tão poucas pessoas praticam regularmente atividade física, mesmo conhecendo e reconhecendo os seus benefícios? A resposta pode estar nas aulas de educação física na escola, que deve dar oportunidades para todos os alunos obterem prazer e conhecimento, tal modo que todos tenham vontade de continuar a praticar atividade física.
BENEFICIOS DA ATIVIDADE FISICA PARA SAUDE GERAL
Os principais efeitos benéficos da atividade física e do exercício descritos na literatura estão relacionados a seguir:
Efeitos antropométrico e neuromuscular – diminuição da gordura corporal incrementos da massa muscular, incremento da força muscular, incrementos da densidade óssea, fortalecimento do tecido conetivo, incremento da flexibilidade.
Efeitos metabólicos – aumento do volume sistólico, diminuição da frequência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo, aumento da potência aeróbica (VO2 máx.)  de 10% para 30%, aumento da ventilação pulmonar, diminuição da pressão arterial, melhora perfil lipídico, melhora da sensibilidade à insulina.
Efeitos psicológicos – melhora do autoconceito, melhora da autoestima, melhora da imagem corporal, diminuição do estresse e da ansiedade, melhora da tensão muscular e da insônia, diminuição do consumo de medicamentos, melhora das funções cognitivas.
Com esses efeitos gerais doe exercício, tem-se mostrado benefício no controle no tratamento e na prevenção de doenças como o diabetes, hipertensão e na obesidade.
ATIVIDADE FÍSICA NO COMBATE A DIABETES MELLITUS
Quando se fala em diabetes logo em seguida ouvimos a palavra insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela regulagem da glicemia (nível de glicose no sangue).
Para que o corpo humano utilize a glicose como fonte de energia, é necessário que ela esteja presente na célula, e para que isso ocorra receptores de insulina devem “liberar a entrada” da glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina resultará em altos níveis de glicose no sangue, causando a diabetes.
Atividade Física e Diabetes: A prática constante da atividade física trata e previne o Diabetes e outras doenças degenerativas, melhorando o quadro físico do diabético. Independentemente do tipo de Diabetes apresentado, todo indivíduo portador deve realizar uma avaliação médica, física, postural e nutricional para que o Educador Físico possa elaborar um programa adequado e diferenciado de exercícios físicos com duração, intensidade e modalidade específica. Neste programa não podem faltar aquecimento e alongamentos, pois portadores de D.M. apresentam uma maior tendência de enrijecimento articular e de perda da sua flexibilidade normal.
ATIVIDADE FÍSICA NO COMBATE A HIPERTENSÃO
A Hipertensão ou comumente chamada de “pressão alta” é caracterizada por níveis excessivamente altos de pressão arterial e está sendo considerado um dos principais problemas de doenças crônicas na atualidade, atingindo pessoas de diversas idades. Dentro desse contexto, estima-se que a hipertensão atinja 22% da população brasileira acima de vinte anos, sendo responsável por 80% dos casos de acidente cérebro vascular, 60 % dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhões de internações por ano (ZAITUNE et. al, 2006).
O aumento da pressão arterial com a idade não representa um comportamento biológico normal. Prevenir esse aumento é a maneira mais eficiente de combater a hipertensão arterial. Mas como? Através de mudanças nos no estilo de vida, que incluam o controle do peso, da ingestão excessiva de álcool e sal, do hábito de fumar e da prática de atividade física.
    A hipertensão está ligada a alguns fatores como o aumento do peso corporal, o consumo de bebidas alcoólicas, o estresse e o sedentarismo. Na maioria dos casos a hipertensão se manifesta de maneira silenciosa, e quando não é tratada pode levar a complicações que atingem o sistema cardiovascular, renal e nervoso, ainda pode acarretar aumento do coração, podendo levar à insuficiência cardíaca; produzir a formação de pequenas ampolas (aneurismas) nos vasos cerebrais, aumentando o risco de acidente vascular cerebral; pode provocar o estreitamento dos vasos sanguíneos dos rins, levando em muitos casos a insuficiência renal; e provoca um “endurecimento” mais rápido das artérias do organismo, provocando muitas vezes ataques cardíacos ou lesões arteriais em outros órgãos do organismo.
    Nos indivíduos hipertensos, a pressão do sangue sobre as paredes vasculares encontrar-se aumentada. Esse fenômeno pode causar lesões nas paredes internas dos vasos.
ATIVIDADE FISICA NO COMBATE A OBESIDADE
A obesidade é considerada hoje em dia uma doença crônica, que provoca ou acelera o desenvolvimento de muitas doenças e pode causar a morte precoce, portanto deve ser tratada. Geralmente é definida como a condição de pesar 20% ou mais acima do seu peso ideal.
O tratamento básico da obesidade apóia-se na modificação do comportamento alimentar e na prática de atividades físicas.
Mas é sempre bom lembrar que os efeitos benéficos da atividade física acontecem somente para quem se exercita com certa regularidade. Por isto é importantíssimo realizar atividades físicas pelo menos cinco vezes na semana.
Sabendo-se do alto número de pessoas obesas numa sociedade, é imprescindível um maior estímulo para a prática de atividades físicas. Esta atividade deve então ser individualizada e respeitar as características físicas e clínicas de cada um, considerando suas individualidades.
O objetivo é eliminar peso. Os exercícios físicos associados à alimentação adequada devem tornar-se permanentes neste programa de redução de peso e estilo de vida saudável.
Como principais benefícios da prática da atividade física têm:
redução do apetite e diminuição do peso;
- queima de calorias;
- prevenção de doenças como a diabetes, hipertensão e colesterol;
- redução do estresse e da depressão;
- melhora da aparência e da auto-estima;
- melhora das funções cardíacas e pulmonares;
- manutenção da tonificação dos músculos.
Muitos conhecem pessoas que eliminaram peso por si próprio, mas o correto é procurar a ajuda de um nutricionista e de um profissional de educação física para orientação.
Se você é daqueles que não consegue freqüentar uma academia por causa do ambiente de "culto ao corpo", poderá iniciar sua atividade física, obviamente depois de passar por um médico e verificar que está tudo bem, adaptando-se:
- caminhe sempre que possível e ao ar livre;
- troque os elevadores pelas escadas;
- ande de bicicleta;
- dance em casa ou em clubes;
- exercite-se em casa com a ajuda de vídeos;
- patinar pelos parques e praças também vale.
Dicas importantes para não desistir:
- O ideal é que escolha sempre algo que goste e te dê prazer;
- Procure exercitar-se diariamente por pelo menos 30 minutos com intensidade
moderada;
- encontre amigos ou familiares para acompanhá-la (o) durante os exercícios;
- faça amizades e saiam para um simples passeio a pé;
- evite ter grandes expectativas e não estipule em quanto tempo pretende atingir seus objetivos, o importante é atingí-lo;
- não se compare com o desempenho de outra pessoa, cada um tem seu ritmo;

Lembre-se que atividades físicas devem durar por toda a vida. Não tente ser muito intenso e divirta-se ficando saudável.

quinta-feira, agosto 11, 2016

À PROCURA DO CORPO PERFEITO

À PROCURA DO CORPO PERFEITO
A sexualidade se desenvolve ao longo de toda a vida. Entretanto, como fenômeno biológico, tem o seu ponto forte na puberdade, quando começamos a conhecer nosso corpo e a perceber as transformações que sofremos nesse período. Ocorrem profundas alterações hormonais, promovendo mudanças físicas e psicológicas, e submeter-se a tudo isso pode não ser fácil. Algumas imagens que são transmitidas pela mídia, exibindo e, às vezes, impondo certos padrões de beleza, interferem nesse contexto, transformando atletas em modelos de perfeição física, o que frequentemente gera conflitos entre os adolescentes.
O esporte tem que ser visto como atividade relacionada à saúde, e não meramente como possibilidade de geração do “belo” e do "glamoroso". Se o atleta possui um corpo bonito, muitas vezes isso é determinado por herança genética e moldagem por meio de treinamentos rígidos.
O lado competitivo e glamoroso presente em algumas facetas da prática esportiva muitas vezes ofusca a visão de saúde e de bem-estar proporcionados pelo esporte.
Não se recomenda iniciar a prática de um esporte porque quem o pratica é forte, musculoso, bonito ou mais admirado por este ou aquele público. A escolha por qualquer modalidade esportiva deve estar ligada à satisfação pessoal e aos benefícios que a pratica esportiva pode proporcionar. Cabe à família e à escola fornecer ao indivíduo formação e informações seguras que lhe possibilitem distinguir e analisar criticamente os valores e padrões de beleza impostos pela mídia e construir a própria opinião relacionada ao assunto.
Distúrbios alimentares e esporte
Um dos fatores relacionados à boa saúde e à boa qualidade de vida é a alimentação. Ela tem que ser equilibrada e balanceada de forma que contenha os nutrientes necessários para o nosso organismo. Fatores psicológicos, socioculturais, biológicos e até familiares podem afetar o comportamento do indivíduo no tocante à alimentação, podendo desencadear distúrbios de naturezas diversas.
Ter uma alimentação correta significa fazer a ingestão de alimentos variados, evitando excessos ou carências dos nutrientes. Assim, ela deve conter fibras, vitaminas, sais minerais, deve ser rica em carboidratos e proteínas e não ter excesso de gorduras ou açúcares purificados. Em uma alimentação incorreta, há o desbalanceamento da ingestão desses nutrientes que são considerados essenciais. Ela acontece tanto no excesso como na carência desses nutrientes.
Quando associada à pratica esportiva, a alimentação deve ser equilibrada de acordo com os gastos energéticos do praticante, ou seja, a alimentação de um adolescente que pratica esportes três vezes na semana é diferente de um atleta de alto rendimento.
O metabolismo aumenta significativamente e o consumo de nutrientes deve suprir a demanda de energia necessária. Más informações sobre atividades esportivas veiculadas, por exemplo, por meio da mídia, propagandas e marketing de roupas e de aparelhos esportivos transmitem a imagem de modelos fisicamente perfeitos e muitas vezes essas imagens, exageradamente sugestivas, podem concorrer, mesmo de forma indireta, para a ocorrência de transtornos psicológicos e consequentes distúrbios alimentares.
Os distúrbios nem sempre estão relacionados somente à alimentação. Eles podem ser originados com a depressão, com a ansiedade ou com o abuso de substâncias químicas. Não havendo os devidos cuidados, os distúrbios alimentares causam problemas físicos graves e podem levar a óbito. Os distúrbios alimentares a seguir são os mais conhecidos.
• Anorexia – Caracteriza-se por uma insuficiente e rígida dieta alimentar, em que a pessoa tem obsessão pela magreza e medo de ganhar peso. Quem sofre de anorexia se recusa a manter o peso corporal que seria considerado ideal à idade e altura. Nem sempre ligada à imagem, a anorexia pode estar relacionada a fatores biológicos, como, por exemplo, alterações hormonais, disfunções de neurotransmissores cerebrais, disposição genética ou profissão.
• Bulimia – Distúrbio alimentar que se caracteriza pela impulsividade de ingerir grande quantidade de comida em um curto espaço de tempo e, logo após, fazer autoindução ao vômito, uso abusivo de laxantes, diuréticos ou prática exacerbada de exercícios físicos com intenção de não ganhar peso.
• Ortorexia – Distúrbio alimentar recente, em que o indivíduo se torna obsessivo nos padrões de sua alimentação. Diferentemente da bulimia e da anorexia, o indivíduo se alimenta, mas a obsessão pela dieta é extrema, focando nela os seus pensamentos.
• Vigorexia – É a ingestão de substâncias químicas destinadas ao aumento da massa muscular e uma desequilibrada ingestão proteica. O indivíduo, geralmente do sexo masculino, não se enxerga realmente como é, sempre se achando magro demais.

• Compulsividade (comer compulsivo) – Parecida com a bulimia em relação à impulsividade em comer muito, a pessoa não possui o comportamento compensatório e, mesmo com o desconforto gerado, não se utiliza de  vômitos, abuso excessivo de diuréticos, laxantes ou exercícios.

terça-feira, agosto 09, 2016

ALIMENTAÇÃO CORRETA

Alimentação correta
Para toda ação que realizamos, seja na prática de algum o esporte ou simplesmente para nos mantermos vivos, o corpo humano requer energia. A energia, como tudo na natureza não se perde, transforma-se. Para que isso possa acontecer de maneira eficiente, é necessária uma in
gestão equilibrada e correta de nutrientes.
Para entender o que é uma alimentação correta, analisaremos a fundo o conceito nutricional envolvido em todas as suas etapas. A alimentação nada mais é do que a ingestão de nutrientes. Os alimentos são uma rica fonte de calorias, vitaminas e minerais de grande importância para nossa manutenção diária.
Variar o cardápio se torna fácil, pois são grandes as possibilidades de fornecimento desses nutrientes pela natureza. Uma forma de balancear a ingestão de alimentos é utilizar a criatividade. A dieta, que é uma educação alimentar, deve ser racional e constante; e não deve ser influenciada pelo desejo e pela compulsão. Segundo os nutricionistas, para que uma pessoa ativa tenha uma alimentação saudável e balanceada, ela deve se alimentar de cinco a seis vezes ao dia, incluindo as três refeições principais: café da manhã, almoço e jantar, com todos os nutrientes disponíveis (carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água).
Pirâmide alimentar
Quando se realiza uma atividade física, o gasto energético sofre alterações e o metabolismo pode aumentar ou diminuir de acordo com o condicionamento físico. Quanto mais condicionado, maior o gasto energético e maior a probabilidade de queima de gordura, contribuindo para a manutenção do peso corporal. A energia que o alimento nos proporciona não é imediatamente transferida para o trabalho biológico dentro das células. As fontes de energia contida nos alimentos devem ser digeridas para que possam ser armazenadas e combinadas para a formação de substratos energéticos, e todo esse processo é conseguido por meio do metabolismo. Toda a alimentação é transformada pelo organismo em fonte de energia, e a parte que não é utilizada é armazenada. É ou eliminada. Na maioria das vezes, o armazenamento é feito em forma de gordura. O valor nutritivo de um alimento é mensurado por meio de calorias, que nada mais são que uma medida de energia. Todo alimento, para liberar energia, sofre combustão, e as calorias são a quantidade de calor liberado durante esse processo. Por exemplo, 1 grama de carboidrato libera 4 kcal, o mesmo valor liberado pelas proteínas, pois ambos possuem o mesmo teor calórico. As gorduras, no processo de combustão, liberam 9 kcal e, por isso, a ingestão delas tem de ser controlada. Portanto, a ingestão de alimentos gordurosos engorda duplamente em relação aos carboidratos e proteínas.

Na pirâmide alimentar os alimentos são organizados em grupos, que são: carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais e alimentos que contêm gorduras. Cada grupo de alimentos tem sua importância para o bom funcionamento do organismo. Os alimentos do grupo dos carboidratos estão na base da pirâmide. Eles nos dão energia para todas as atividades que desempenhamos. Acima deles, está o grupo das frutas, verduras e legumes. A maioria desses alimentos tem pouca gordura, é rica em fibras, vitaminas, minerais e é excelente para manter seu organismo em ótimo funcionamento. Acima do grupo das frutas, verduras e legumes, está o grupo das proteínas. Fazem parte desse grupo carnes, leite e derivados, que são importantes para o crescimento e a manutenção da massa muscular e para a reposição celular. E, por fim, no topo da pirâmide, estão os alimentos com maior teor de gordura e colesterol; por isso devem ser consumidos com moderação.

segunda-feira, maio 30, 2016

OS INIMIGOS DA BOA SAUDE

OS INIMIGOS DA BOA SAÚDE

Os romanos, na antiguidade já afirmavam: ”Mente sã em corpo são”. Praticar atividade física regularmente é de grande importância para manutenção do nosso corpo. Porem, encontramos muitas barreiras para atingir esse objetivo nos dias atuais.
O homem moderno percebeu que os avanços da tecnologia trouxeram uma série de benefícios, entretanto acarretaram novos problemas. Se a máquina foi inventada para diminuir o cansaço dos homens, com ela veio a tendinite. Se a expectativa de vida aumentou, os incômodos da velhice estão aparecendo também. E como não há solução para todos os problemas, a melhor saída é evitá-los ao máximo e da melhor maneira possível, e isso depende apenas de cada um de nós. Até porque prevenir é melhor do que remediar.
Neste texto, vamos falar de alguns comportamentos negativos adotados pela sociedade e que vêm contaminando gerações de adultos e jovens cada vez mais cedo:
Sedentarismo


 Sedentarismo é o estado de quem pouco se mexe, vive sentado, “evita” movimento. Caracteriza-se como uma pessoa sedentária quem não realiza atividade física extra no dia a dia, o que em um adulto corresponde a um gasto energético abaixo de 2.500 kcal (quilocalorias) por semana. Na vida moderna, isso se traduz no hábito de substituir movimentos básicos de andar, correr, saltar e carregar, pelos movimentos diante de um teclado, pelo uso da escada rolante e do controle remoto e até o uso do carro para ir à padaria, que fica a apenas um quarteirão de casa. O corpo humano foi feito para se movimentar, é uma “máquina” para o trabalho. Todas as suas partes, peças móveis, os fluidos lubrificantes, os gases e as substâncias circulantes estão prontas para desempenhar um conjunto de funções. Se ele ficar muito tempo parado, não funcionará plenamente. As doenças mais comumente causadas ou agravadas pelo sedentarismo são as coronarianas, a obesidade, a hipertensão, o diabetes e a depressão. Todas elas podem ser amenizadas e até evitadas pela prática regular de atividade física. Pensadores da Grécia Antiga já observavam e registravam os benefícios da prática de atividade física e o mal do sedentarismo.
Má alimentação

Comer bem significa um conjunto de escolhas de grande abrangência e efeitos decisivos; é ter uma alimentação saudável, ou seja, composta por alimentos que cumpram com os compromissos que temos com a saúde. Comer bem não é fazer dieta, mas dar ao corpo aquilo de que ele precisa.
Se soubermos dosar adequadamente todos os nutrientes necessários, com alguns pequenos acréscimos dispensáveis ao organismo, mas prazerosos, conseguiremos manter uma alimentação saudável. Uma alimentação equilibrada é aquela que fornece a quantidade suficiente de nutrientes para o bom funcionamento do corpo e da mente, mantendo nossa saúde. Os nutrientes que todo ser humano necessita são as proteínas, os carboidratos, as vitaminas e os sais minerais, as gorduras, as fibras e a água.
O consumo saudável de gorduras limita-se a, no máximo, 30% do total energético da dieta, desde que o objetivo seja evitar doenças cardiovasculares.
As gorduras saturadas, responsáveis pelo entupimento das artérias (que cria o risco de enfarto), não devem ultrapassar 10% do total de calorias da alimentação. Elas são encontradas nas carnes vermelhas gordas, nas frituras e nos queijos amarelos. As proteínas formam e regeneram os tecidos do nosso corpo: músculos, pele, sangue etc. Estão presentes em carnes, peixes, ovos, laticínios, feijões, sementes e nozes. As proteínas animais são muito importantes para o funcionamento do organismo, mais até do que as proteínas vegetais. Os carboidratos fornecem energia não só para nossas atividades do dia a dia como também para os próprios processos internos do nosso corpo. Suas maiores fontes são os pães, os cereais e as raízes. Os carboidratos apresentam maior perigo quando estão na sua forma mais simples: os açúcares.
O açúcar, adorado e abusado, é desnecessário ao organismo e causa problemas de saúde. A refinação do açúcar retira dele uma considerável parte de todos os tipos de minerais necessários ao organismo, e aumenta a dosagem de substâncias tóxicas. Devido a sua ação sobre os hormônios do cérebro, o açúcar faz grande sucesso. Sendo o carboidrato complexo um precursor da liberação da serotonina, alimentos integrais induzem ao relaxamento e ao sono. Quando comemos doces, essa liberação é mais rápida, provocando sensação de prazer.
As vitaminas e os sais minerais controlam e regularizam as atividades de nosso metabolismo e mantém a saúde de nossos órgãos e tecidos. Presentes em vários alimentos, incluindo carnes, leite e cereais, suas maiores fontes são frutas, verduras e legumes. As fibras auxiliam a manter nosso corpo livre de toxinas e substâncias em excesso.  Feijões, cereais integrais, frutas e hortaliças são ricos em fibras.  Se o intuito é emagrecer, é preciso comer. Deixar de comer é uma das piores estratégias. A água mantém o equilíbrio de sais e o bom funcionamento do organismo. Praticantes de atividade física precisam mais ainda de água, pois perdem grandes volumes com o suor e utilizam muito líquido no metabolismo, que é mais intenso do que nas pessoas inativas.

Privação do sono
Todas as funções do cérebro e do organismo são influenciadas pelo sono, e não ter um período de sono adequado traz consequências para ambos. É bastante observado que, em geral, aqueles que praticam atividades físicas tendem a conseguir um sono mais profundo e prolongado do que os que não praticam. Exercícios vigorosos, se praticados regularmente, provocam maior gasto energético e requerem um período maior de sono para reposição energética, e esta compensação se dá num prolongamento da fase de sono mais profundo, que favorece a liberação e a regularização de hormônios.

Estresse
O estresse já foi considerado uma doença, mas hoje sabemos que ele nada mais é do que um aspecto natural da vida do ser humano. O estresse é um mecanismo de adaptação a uma nova situação, o que envolve algum risco. É o corpo humano, ligado à mente, tentando deixar indivíduo mais à vontade em face de um novo evento relevante em sua vida por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem a ele (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e o desgaste físico e mental causado por este processo.

Drogas
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo, modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais – a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC ou tetra-hidrocanabionol (da Cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais.  O termo droga presta-se a várias interpretações,  mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.
Álcool
O álcool ingerido atinge rapidamente a circulação sanguínea e é distribuído entre as células do corpo. Ao atingir o sistema nervoso, ele produz inicialmente um estado de euforia e desinibição, que é uma falsa sensação de energia e bem-estar causada pela ingestão de calorias (1 g de álcool produz 7 calorias) e pela deficiência de um neurotransmissor chamado GABA. Em pouco tempo, segue-se um efeito depressivo sobre o cérebro, provocando, mesmo em doses pequenas, a diminuição da coordenação motora e dos reflexos.



Tabagismo
O tabagismo é a maior causa evitável de doenças e mortes da história da humanidade. As toxinas do
cigarro afetam muito o organismo: no coração, a nicotina provoca o endurecimento das artérias, fazendo o coração trabalhar mais depressa; nas vias respiratórias, a fumaça provoca alergias e diminui a mobilidade dos cílios pulmonares, responsáveis pela limpeza; no pulmão, a capacidade respiratória diminui e a oxigenação das células do organismo fica comprometida. A contração dos vasos sanguíneos provocada pelo fumo dificulta a circulação sanguínea. A má circulação nos membros inferiores, especialmente nas pernas, aumenta o risco de insuficiência vascular periférica e formação de gangrenas. Por esses e outros motivos, temos de estar sempre alerta para nossas atitudes e comportamentos em relação à saúde.
FERREIRA, Vanja. Educação física escolar: desenvolvendo habilidades. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria de Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Educação
física. São Paulo: SE/CENP, 1993.
FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003. –
(Pensamento e ação no magistério).
SABA, Fábio. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar, 2.ed. São Paulo: Phorte, 2008.
SILVA, Elizabeth Nascimento. Plano de aula – 7ª e 8ª séries. 4.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.
AMARAL, Jader Denicol do. Jogos cooperativos. 3.ed. ver. e ampl. São Paulo: Phorte, 2008.
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.ptdf>
GUEDES, Dartganan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Exercício físico na promoção da saúde.
Londrina: Midiograf, 1995.
GONÇALVES, Maria Cristina.; PINTO, Roberto Costacurta Alves.; TEUBER, Silvia Pessôa. Aprendendo a educação
física – Da pré-escola até a 8ª série do 1º grau. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro, 1996.
CARNAVAL, Paulo Eduardo. Medidas e avaliação em ciências do esporte. 7.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

segunda-feira, abril 04, 2016

SEDENTARISMO

SEDENTARISMO
Quem já não teve aquela vontade de que o mundo terminasse em barranco só para
morrer encostado? lembrando um velho ditado popular. Pode ser até exagero, mas é apenas um sinal de que o sedentarismo pode estar nos rodeando. Sedentarismo é o estado de quem pouco se mexe, vive sentado, “evita” movimento.

Caracteriza-se como uma pessoa sedentária quem não realiza atividade física extra no dia a dia, o que em um adulto corresponde a um gasto energético abaixo de 2.500 kcal (quilocalorias) por semana. Na vida moderna, isso se traduz no hábito de substituir movimentos básicos de andar, correr, saltar e carregar, pelos movimentos diante de um teclado, pelo uso da escada rolante e do controle remoto e até o uso do carro para ir à padaria, que fica a apenas um quarteirão de casa.

O corpo humano foi feito para se movimentar, é uma “máquina” para o trabalho. Todas as suas partes, peças móveis, os fluidos lubrificantes, os gases e as substâncias circulantes estão prontas para desempenhar um conjunto de funções. Se ele ficar muito tempo parado, não funcionará plenamente. As doenças mais comumente causadas ou agravadas pelo sedentarismo são as coronarianas, a obesidade, a hipertensão, o diabetes e a depressão. Todas elas podem ser amenizadas e até evitadas pela prática regular de atividade física.

Pensadores da Grécia Antiga já observavam e registravam os benefícios da prática de atividade física e o mal do sedentarismo.

Genericamente, todas as partes do corpo têm uma função, e se forem usadas com moderação e exercitadas no labor ao qual estão acostumadas, tornam-se, em consequência, saudáveis, bem desenvolvidas e envelhecem devagar; mas, se forem deixadas sem uso e ociosas, elas tornam-se expostas a doenças, defeituosas no crescimento e envelhecem rapidamente.

SEDENTARISMO

SEDENTARISMO
sedentarismo é caracterizado pela falta de atividade física no ser humano, não somente no caráter da prática desportiva, mas em toda sua amplitude, fazendo com que a saúde da pessoa entre em declínio e esteja mais suscetível ao surgimento de patologias. Devido ao grande comprometimento que a mesma pode ocasionar, considera-se atualmente como um problema de saúde pública e por muitos profissionais da saúde, também é considerada como o mal do século.
Devido à grande preocupação em reduzir os índices de sedentários, algumas políticas têm sido adotadas para que o mesmo possa ser prevenido em todas as faixas etárias. Nos últimos tempos têm-se percebido que o estímulo dado às pessoas para que se movimentem tem aumentado gradativamente. O acometimento do indivíduo por conta do sedentarismo pode trazer a diminuição de funcionalidade em sua globalidade além de diminuir as chances de mortes prematuras por conta da vulnerabilidade da saúde.
Para que os hábitos sedentários sejam deixados de lado, as pessoas devem ter consciência de que a atividade física deve ser introduzida na rotina de forma gradativa, afim de prevenir possíveis lesões que possam acontecer no período de adaptação. Recomenda-se que as atividades sejam assistidas por um profissional da saúde, para que os movimentos sejam reeducados e executados de forma correta, sem que haja risco de lesionar alguma estrutura corporal. Também vale salientar a importância do acompanhamento de um profissional em casos onde o indivíduo possa apresentar problemas crônicos, como DIABETEShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png, cardiopatia, obesidade, devido aos riscos que as mesmas ocasionam, fazendo com que o médico e o profissional que estará desenvolvendo as atividades possam traçar um perfil onde as atividades sejam direcionadas para cada caso especificamente. Por esses e outros motivos, salienta-se que a prática de exercícios consegue melhorar a saúde e a sensação de bem-estar ao ficarem moderadamente ativas desde que seja de forma regular, assim como a atividade não necessita ser extenuante para trazer benefícios à saúde de quem iniciará com a prática.
Dentre os benefícios que a prática de atividade física pode proporcionar, podemos citar alguns deles para que sejam melhores visualizados, como por exemplo:
  • Melhora a funcionalidade do organismo e todos os seus sistemas;
  • Diminuição do risco de morte prematura;
  • Redução dos níveis de colesterol, triglicerídeos, glicose, etc;
  • Melhora a condição e a funcionalidade cardíaca e respiratória;
  • Melhora a mobilidade articular e a força muscular;
  • Auxilia na manutenção do peso, dos níveis de gordura corporal e de massa magra;
  • Auxilia na prevenção de patologias como câncer, Alzheimer, Parkinson e outras patologias incapacitantes;
  • Melhora a sensação de prazer e bem-estar, sendo um grande aliado nos tratamentos de ordem psicológica;
  • Proporciona alívio de tensão muscular; diminuição das dores no corpo decorrentes do estresse ou desuso;
Dentre esses e muitos outros fatores, vale salientar que a visita regular ao médico facilitará a indicação da atividade física mais indicada para cada indivíduo, fazendo com que o mesmo possa sentir-se beneficiado e em melhores condições de saúde a partir do início da prática. Porém, vale ressaltar que em indivíduos que utilizam medicações especificas para patologias previamente diagnosticadas, como pressão alta e DIABETEShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png, devem manter a ingesta medicamentosa conforme a indicação médica para que não haja intercorrências durante a prática das atividades.

quinta-feira, março 31, 2016

MOVIMENTOS VOLUNTARIOS E INVOLUNTARIOS

O movimento sempre fez parte da vida do ser humano, na pré-história, para sobreviver, procurando melhores ambientes de moradia, em busca de alimentos pela caça ou pesca. Com o passar do tempo vamos aprendendo e aprimorando as habilidades motoras para se manter vivo.
Podemos até falar numa evolução dos movimentos, observando os que são mais simples, até os mais complexos.
O sistema nervoso dirige e coordena nossos movimentos. Recebe estímulos do ambiente que nos rodeia e de todos os nossos órgãos internos. Interpreta esses estímulos e elabora respostas, que são transmitidas a músculos ou glândulas.
  
Os movimentos podem ser classificados em voluntários e involuntários. Os movimentos involuntários são aqueles que realizamos independente da nossa vontade. Por exemplo: espirrar, piscar, respirar, bocejar, etc.

Um outo exemplo de movimento involuntário e o ato reflexo. Se dá numa contração muscular involuntária, rápida, provocada por um estimulo externo, que visa a uma proteção ou adaptação do corpo antes mesmo do cérebro tomar conhecimento do estimulo periférico, ou seja, antes de ele comandar uma resposta. Este estimulo chega até a medula espinhal e retorna com a resposta para a realização do movimento. Por exemplo quando encostamos em algo quente rapidamente desencostamos.
Temos o habito também de chamar de ato reflexo toda ação em que agimos rapidamente, por exemplo, quando pegamos um copo que está caindo, ou quando um goleiro faz uma defesa ágil no futebol. Esses movimentos são na verdade movimentos voluntários, ou seja “pensamos” para realiza-los
Os movimentos voluntários são aqueles que realizamos de acordo com nossa vontade. São esses movimentos que estudamos nas aulas de Educação Física.
Para realizarmos os movimentos, são fundamentais algumas estruturas do nosso corpo. Tomando como exemplo uma bola que e lançada em nossa direção, necessitamos:
·         Dos olhos para enxerga-la:
·         Do cérebro, que informará o que faremos em ralação à bola.
·     Dos ossos, articulações e músculos, que se movimentarão de acordo com o que iremos fazer.

Num gesto, num sorriso, num deslocamento, num salto, os movimentos são o meio pelo qual interagimos com o ambiente. Essa ideia pode parecer simples, irrelevante, mas pense na sua vida sem a possibilidade de se movimentar. 

segunda-feira, março 28, 2016

MEDIDAS E AVALIAÇÕES NO ESPORTE


MEDIDAS E AVALIAÇÕES NO ESPORTE


O emprego das medidas e avaliações tem grande importância no meio esportivo. Tanto para atletas de excelente desempenho como para indivíduos que apenas querem se exercitar, esse conjunto de técnicas ajuda a avaliar o condicionamento para elaborar um plano de trabalho com o objetivo de atingir um nível de alto rendimento ou simplesmente melhorar a aptidão física.
Aptidão física é a capacidade que um indivíduo tem de realizar as tarefas do dia a dia com o mínimo de esforço e desconforto. Por meio da avaliação física, verificamos não apenas as limitações do indivíduo, mas também seu potencial.
A avaliação física compreende:
os dados antropométricos – estatura, peso corporal e circunferências;
exame da composição corporal – relacionado às quantidades relativas de gordura corporal e massa corporal magra (ossos, músculos, pele, líquidos e outros tipos de tecidos não gordurosos);
teste de flexibilidade – capacidade de movimentar as articulações em grande amplitude;
teste da capacidade de força de resistência – capacidade de o músculo manter um nível de força em repetidas contrações por um período de tempo;
teste de aptidão aeróbica – capacidade de os sistemas circulatório e respiratório realizarem tarefas envolvendo grandes grupos musculares por períodos prolongados de tempo.

Algumas definições sobre o tema ajudam a entender o que diferencia um simples teste de uma avaliação.
Teste – trabalho específico, utilizado para “medir” um conhecimento ou habilidade de uma pessoa. Um exemplo bastante conhecido na Educação Física é o teste de Cooper.
Medida – técnica que ilustra, por meio de análises objetivas e precisas, dados quantitativos, as qualidades que se deseja medir.
Avaliação – processo que, ao considerar as medidas, pode mostrar e comparar critérios.
Análise – por meio da análise, consegue-se visualizar o trabalho desenvolvido; isso permite que se criem condições de entendimento do grupo e que se consiga situar um indivíduo dentro desse grupo.
Para as pessoas que querem somente acompanhar seu desempenho na vida diária e no esporte recreativo, a avaliação física simples já é suficiente, pois ela revela a porcentagem de gordura corporal, força, flexibilidade, resistência e capacidade cardiorrespiratória do indivíduo. Tais dados já são suficientes para que se possa ter o acompanhamento de um profissional de Educação Física para seu desenvolvimento.
No caso dos atletas de alto rendimento, os testes aplicados vão muito além de uma simples avaliação física. Muitos clubes aplicam testes avançados ou mais complexos, com o uso de aparelhos específicos, a fim de conseguirem dados importantes para a manutenção das capacidades físicas dos atletas, como força, potência, velocidade, resistência muscular localizada e agilidade.

TESTES DE APTIDÃO
Para os atletas considerados de elite, as capacidades motoras são avaliadas constantemente, buscando-se um melhor desempenho de suas funções. Quanto maior o grau de conhecimento, mais específico e mais próximo da alta performance fica o treinamento.
O desenvolvimento das capacidades motoras ajuda na realização de movimentos em maior quantidade, enquanto as habilidades motoras atuam na qualidade de execução dos movimentos. Todo esporte requer uma ou mais habilidades motoras. Trata-se de uma qualidade que desenvolvemos e aprendemos na prática, por meio de repetições e correções. O desenvolvimento das capacidades motoras contribui para o aprimoramento das habilidades e vice-versa. Por exemplo: no salto com vara, o atleta tem uma habilidade de torção do corpo que só se adquire com flexibilidade, força e velocidade suficientes para chegar o mais alto possível durante o salto. Os exercícios empregados para se aprimorar as habilidades motoras também contribuem para a melhora das capacidades motoras.

As habilidades motoras são medidas por meio de baterias de testes, de acordo com o objetivo pretendido. As valências físicas empregadas nos testes são: força, resistência muscular localizada, velocidade, potência, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e coordenação.

Força - Considerada uma das valências físicas mais importantes para a realização de qualquer tipo de movimento, ela é indispensável, seja para elevar uma simples caneta, seja para levantar 150 kg. Pela definição, força é a capacidade de usar energia mecânica, produzindo contrações, que levam o segmento ou o corpo a, vencendo resistências, superar oposições criadas pela ação das leis que regem o Universo. Mais adiante serão abordados, em detalhe, os diversos tipos de força. Para se medir a força são usados testes dinamométricos, que podem medir grandes ou pequenos grupos musculares e músculos isoladamente, conhecendo-se a ação biomecânica do órgão avaliado.

Resistência muscular localizada (RML) - Por definição, a RML é a capacidade de um segmento do corpo realizar e sustentar um movimento por um período longo de tempo; de forma geral, refere-se a uma tolerância ao cansaço.
Alguns fatores interferem diretamente em seu desempenho:
• força muscular;
• número de capilares em funcionamento;
• reserva de energia no músculo;
• rápida recuperação energética;
• concentração de mioglobina muscular e;
• capacidade psicológica de suportar os esforços.

Resistência
Resistência anaeróbica – é a capacidade de o indivíduo sustentar o maior tempo
possível uma atividade física sem a presença de oxigênio (condições anaeróbicas). Como na RML, alguns fatores influenciam a resistência anaeróbica:
• reserva de ATP (Adenosina Trifosfato) e CP (Creatina Fosfato) utilizadas nas vias energéticas anaeróbias láticas;
• capacidade de resistência ao trabalho anaeróbio;
• fadiga neuromuscular;
• rápida recuperação energética.
Para se medir a resistência anaeróbica são utilizados testes de curta duração e intensidade alta, como o teste de 40 segundos de Matsudo.
Resistência aeróbica – é a capacidade de o indivíduo realizar um exercício com certa intensidade e duração longa, utilizando energia proveniente do metabolismo oxidativo, isto é, com a presença de oxigênio.
O fluxo sanguíneo periférico e a capacidade respiratória da célula influenciam a resistência aeróbica. Os testes para se medir a resistência aeróbica podem ser:
• direto – medindo o consumo de oxigênio direto;
• indireto – o consumo de oxigênio é calculado em função da frequência cardíaca, distância percorrida, da resistência do ergômetro, entre outros. O Teste de Cooper, citado anteriormente, é um exemplo de teste de resistência aeróbica.



Velocidade - É a capacidade de o indivíduo, no menor tempo possível, realizar movimentos rápidos e sucessivos com o mesmo padrão. Há dois tipos de velocidade:
• Velocidade de reação – capacidade de resposta a um estímulo o mais rápido possível.
• Velocidade de deslocamento – capacidade de deslocamento de um ponto a outro no menor tempo possível. Exemplos: teste da régua e tiro dos 50 metros.

Potência - Capacidade de o indivíduo realizar uma contração muscular máxima no menor tempo possível. Fatores como força, velocidade, estrutura corporal e peso influenciam na performance da potência. A aferição da potência geralmente é feita por meio de um único movimento; contudo, existem testes que utilizam o número de repetições que o indivíduo realiza em um tempo muito pequeno, alternando de 5 s a 10 s. O teste de impulsão vertical e o salto longitudinal são exemplos de testes realizados para se medir a potência.

Flexibilidade - É o grau de amplitude do movimento em uma articulação. Como fatores que influenciam na flexibilidade, podemos citar os músculos, os ligamentos, tendões, superfície óssea e as partes moles das articulações. E ainda a idade, gênero, composição corporal, temperatura ambiente e tolerância à dor. Ela pode ser medida de três formas:
• medida angular – com o uso de instrumentos específicos que fornecem os valores obtidos em graus;
• medida linear – medindo-se a distância de um ponto do corpo a um ponto de referência com auxílio de uma régua ou trenas específicas;
• medida admensional – por meio de valores dados às observações feitas pelo avaliador e das amplitudes dos movimentos feitos pelo avaliado.

Agilidade - É a capacidade de o indivíduo realizar movimentos rápidos com mudança de direção e sentido. Um teste bastante conhecido é o teste de shuttle run.

Equilíbrio - É a habilidade que permite ao indivíduo manter o corpo em uma posição estática e em uma postura eficiente, quando estiver em movimento. Entre os fatores que influenciam o equilíbrio, estão:
• tônus muscular;
• percepção visual;
• sistema nervoso central;
• funcionamento das estruturas do ouvido interno.
O teste do avião é uma forma de avaliar o equilíbrio.

Coordenação - É a capacidade de realização de tipos integrados de movimento, com padrão específico. É influenciado pela agilidade, flexibilidade, equilíbrio e percepção cinestésica (conhecimento pelo indivíduo da posição de seu corpo em movimentação no espaço). Na prática esportiva, essa valência física é caracterizada por coordenação olho/mão e coordenação olho/pé, sendo elementos importantes de performance para alguns esportes, uma vez que influenciam em gestos de precisão, como arremessos, lançamentos e chutes.

Bibliografia
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CARNAVAL, P. E. Medidas e avaliação em ciências do esporte. 7.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

GOMES, A. C.; ARAÚJO FILHO, N. P. de. Cross training: uma abordagem metodológica. 2.ed. Londrina: APEF, 1995.

LOPEZ DE LA NIETA, M. Educação física: metodologia global e participativa. Tradução de Adriana Friedman. Petrópolis: Vozes, 2012.

MAREGA, M.; MALUF, J. A. (org.) et al. Manual de atividades físicas para prevenção de doenças. Rio de Janeiro: Elsevier; São Paulo:Hospital Albert Einstein, 2012.

MELLEROWICZ, H.; MELLER, W. Treinamento físico: bases e princípios fisiológicos. 2.ed. São Paulo: EPU, 1987.

SABA, F. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2008.


ZAKHAROV, A.; GOMES, A. C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992.